Deu Honda! O japonês, principal reforço do Botafogo, foi apresentado na manhã deste sábado (8) em evento no Nilton Santos. O jogador foi recepcionado por milhares de torcedores e justamente este carinho dos alvinegros foi o fato fundamental para o acerto do atleta. O meia tem 33 anos de idade e três Copas do Mundo no currículo. Apresentado com a número 4, ele tende a ser o ponto de referência do time de Alberto Valentim.
A negociação se arrastou um pouco, dado alguns pedidos feitos pelo atleta. Outros clubes, conforme Honda revelou, também fizeram propostas, mas o desafio e o cainho recebido por ele dos botafoguenses determinaram o destino do jogador.
- Para ser honesto, tive algumas ofertas da Europa e da Ásia, além do Botafogo. Não foi fácil decidir, porque muitos outros clubes também fizeram boas ofertas. Pensei o que era o melhor para mim e para a minha família. De início, decidir vir para cá porque as pessoas daqui estavam esperando por mim. Eles vieram, fizeram contato em todas as redes sociais. Senti essa emoção deles, essa animação no aeroporto - disse, completando.
- Eu nunca vi nada assim. Nunca vi algo tão bonito em toda a minha vida. Acho que essa paixão dos torcedores me fez decidir jogar aqui - falou.
Honda chegou ao Rio de Janeiro nesta última sexta-feira (7), também com uma presença alta de torcedores no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador. Segundo ele, nem a sua passagem pelo o Milan (ITA) acarretou tanta comoção e pressão por um bom futebol.
- Ontem (sexta-feira), até fui pego de surpresa por tanta gente e tanta paixão. Nunca senti isso na minha carreira. Quando fui para o Milan, também houve muito torcedor e me senti pressionado. Ontem, foi maior ainda. Quando fui para o México, achei que não tinha tanta pressão porque não dava para ser maior do que no Milan. Agora, não. No Brasil, como japonês, penso no que posso fazer. Sinto essa pressão e gosto disso. Quero retribuir a todos.
O Alvinegro entra em campo neste domingo, dia 9 de fevereiro, às 16h, para pegar o Fluminense no Maracanã. O confronto terá cobertura em tempo real do
Placar FutRio
. Confira outros pontos da coletiva de apresentação do jogador.
QUANDO ESTREIA
- Treinei todos os dias, mas sozinho. Por isso, vou precisar de tempo para me adaptar, conseguir entrar em ritmo de jogo. Quando começar a treinar com o time é que vou sentir quando vou poder jogar. A minha ideia é trabalhar por duas ou três semanas antes da estreia.
OLIMPÍADAS
- É uma opção que colocamos no contrato. Estou aqui, focado em jogar como atleta do Botafogo. Não penso nessa opção agora. Quero pensar nisso depois das Olimpíadas. Quero ficar aqui o máximo de tempo que for possível. Foi por isso que decidi jogar aqui. Estou focado em fazer as pessoas que foram ao aeroporto felizes o mais rápido possível.
DESAFIO NO BRASIL
- Japão e Brasil sempre tiveram ligação forte, uma conexão durante a história. No futebol, Brasil e Japão têm diferenças. Por isso, para um japonês chegar ao Brasil é muito difícil, um grande desafio. Muitos brasileiros foram para o Japão e estão jogando e ensinando futebol. O que é muito bom para o futebol japonês.
HISTÓRIA DO CLUBE E CAMISA 4
- Estou conhecendo a história do Botafogo, estudando, mas ainda falta muita coisa. Quero aprender tudo e sentir essa história gloriosa. Gosto da camisa 4, uso há muito tempo, também na seleção japonesa. Tenho um carinho pelo número, por isso escolhi.